terça-feira, 25 de junho de 2019

O Romantismo (Literatura)

O Romantismo é um movimento marcado pela sensibilidade, pelo sentimentalismo. Iniciou-se na Europa (Inglaterra, Bélgica e França), desencadeado pela Revolução Francesa e Revolução Industrial.






  Fim do séc. XVIII e início do séc. XIX!


A Liberdade guiando o povo (em francês: La Liberté guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X. Uma mulher representando a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, empunhando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra.


O lema da Revolução Francesa marcou essa época. Liberdade, Igualdade, Fraternidade. E graças ao Romantismo a tradição clássica vai sendo rompida dando lugar à modernidade.


A vontade de exaltar a nacionalidade foi surgindo nos precursores desse movimento. No Brasil, foi uma importante maneira de lutar por melhorias políticas e sociais.


A época que precede a cosmovisão romântica armazenara dados racionais de forma a organizar a realidade de maneira a preencher todos os espaços do conhecimento, nada deixando ao acaso ou à dúvida. Porém, as conquistas realizadas, em vez de confirmarem essa plenitude abrem uma brecha para uma série de inquietações no terreno existencial, permitindo que por ela se infiltrem novos fantasmas, desta vez ligados ao sentido da própria existência.
Na realidade objetiva equacionada pela ciência e pelo saber intelectual, surge a insegurança do homem, que se vendo livre dos problemas materiais imediatos se pergunta quem é, de onde vem, para onde vai. (Albergaria, 1987, p.5).


As conquistas realizadas na época que o precedeu forneceu subsídios para a construção de um pensamento cada vez mais racional. No entanto, a suposta "plenitude" fez com que surgissem inquietações, fazendo o homem se voltar para si próprio para respondê-las. O objetivismo, então, abre lugar para o subjetivismo.




Principais características:


  • Individualismo ou subjetivismo: (volta-se ao sujeito. "eu", "meu sentimento")
  • Nacionalismo ("minha nação". Na Europa, período medieval. No Brasil, indianismo)
  • Culto à natureza (fonte de inspiração)
  • Evasão ou escapismo (em conflito com a realidade, se volta a outros mundos)
  •               Saudosismo: saudades do passado e da terra.
  •               Exagero: uso de figuras de linguagem
  • Idealização do amor (a mulher é um ser idealizado inatingível)
  • Estilo de escrita mais livre (livre de cuidado e rigor. No Brasil, aspectos culturais como a linguagem pôde ser valorizado).



Em Portugal o Romantismo surgiu no séc. XIX. O país passava por grandes transformações, políticas e sociais, e aderiu aos ideais românticos principalmente no que diz respeito à defesa da história e cultura do país, ou seja, foi marcado pelo nacionalismo. Surgiu com os problemas sociais, como as invasões francesas (que obrigaram a família real a fugir pro Brasil em 1807), e o retorno dela em 1821 quando o país foi dominado pela Inglaterra, além das revoluções liberais que fizeram o país se manter instável durante um bom tempo.  
Foi em um exílio na Inglaterra que Almeida Garret teve contato com a obra de Lord Byron e Scott, o permitindo manter contato com o Romantismo inglês e desenvolver criticidade em relação ao que acontecia em seu país. Escreveu, em 1825, Camões, obra que inaugurou o movimento em Portugal.


Camões

Almeida Garret

Saudade! Gosto amargo de infelizes,
Delicioso pungir de acerbo espinhos,
Que me estás repassando o íntimo peito
Com dor que os seios d'alma dilacera
- Mas dor que tem prazeres - saudade!
Misterioso númen que aviventas
Coração que estalaram, e gotejam
Não já sangue de vida, mas delgado
Soro de estanques lágrimas - saudade!
Maviso nome que tão meio soas
Nós, lusitanos sábios não, sabidos
Das orgulhosas bocas dos Cicrambos
Destas alheias terras - Oh Saudade!
Mágico npumen que transportas a alma
Do amigo ausente ao solitário amigo
Do amado amante a amada inconsolável
E até ao triste ao infeliz proscrito
- Dos entes o misérrimo na terra -
Ao regaço da pátria em sonhos levas,
- Sonhos que são mais doces do que amargo,
Cruel é o despertar! - Celeste númen,
Se já teus dons cantei e os teus rigores
Em sentidas endechas, se piedoso
En teus altares húmidos de pranto
Depus o coração que inda arquejava
Quando o arranquei do peito malsofrido
À foz do Tejo - ao Tejo, ó deusa, ao Tejo
Me leva o pensamento que esvoaça
Tímido e acovardado entre os olmedos
Que as pobres águas deste Sena regam,
Do outrora ovante Sena. Vem, no carro
Que pardas rolas gemedoras tiram,
A alma buscar-me que por ti suspira (GARRET, s.d. p.1)

A índole deste poema é absolutamente nova: e assim não tive exemplar a que me arrimas-se, nem norte que seguisse Por mares nunca dantes navegados. Conheço que ele está fora das regras; e que se pelos princípios clássicos o quiserem julgar, não encontrarão aí senão irregularidades e defeitos. Porém declaro desde já que não olhei a regras nem a princípios, que não consultei Horácio nem Aristóteles, mas fui insensivelmente depôs o coração e os sentimentos da natureza, que não pelos cálculos da arte e operações combinadas do espírito. Também o não fiz por imitar o estilo de Byron, que tão ridiculamente aqui macaqueiam hoje os Franceses a torto e a direito (...) Não sou clássico nem romântico. (Texto de Garret citado por Massaud Moisés)




As três gerações (fases) do Romantismo em Portugal:


Primeira Geração: Nacionalista (1825 a 1840)

O nacionalismo é um ponto forte dessa fase. Foi uma época de transição entre o modelo clássico e o Romantismo. A literatura era marcada por ambos os períodos e boa parte dos indivíduos ainda eram muito ligados aos modelos clássicos. 

...Estes, por sua vez, possuíam tal força persuasiva que os primeiros românticos aderem ao novo credo em meio a contradições que se manterão irresolúveis ainda por muito tempo. Refiro-me de modo particular a Garrett, Herculano e Castilho. Duas circunstâncias aproximam-os vivamente, em que pese à diferença de temperamento, de talento, etc., que neles é fácil observar:  primeiro, contribuíram cada qual a seu modo, para a definição e o êxito da revolta romântica em Portugal; segundo, porque formados na tradição neoclássica, de que jamais se libertaram. Em resumo, românticos em espírito, ideal e ação política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos das obras que legaram.  (MOISÉS, 1999 p. 128)


Segunda geração: Ultrarromântica (1840 a 1860)

Essa geração, ocorrida entre 1838 e 1860, marca-se pelo exagero e sentimentalismo. A fase de transição já passou e o romantismo firma-se de vez. As obras possuem características unicamente desse período e o modelo clássico foi abandonado. 



Terceira geração: Transição para o Realismo (1860 a 1865)

Este é o período de maior efervescência das características românticas na literatura. A poesia é o forte da época, que marca a transição do Romantismo ao Realismo. Se a idealização da mulher e do amor ainda persistem, alguns poetas já abandonam essa prática de idealização, como João de Deus, considerado pré-realista. 


Fim do Romantismo em Portugal:
O movimento teve vida curta em Portugal devido à Questão Coimbrã, ou "Questão do Bom Senso e Bom Gosto". Foi a primeira e uma das mais importantes manifestações do grupo que viria a ser apelidado de Geração de 70. Na linha de frente estiveram Antero de Quental, o "Príncipe da Mocidade", e Teófilo Braga. O que desencadeou foi aparentemente trivial. Em 1865, António Feliciano de Castilho (velho poeta romântico) publica um posfácio elogioso ao “Poema da Mocidade” de Pinheiro Chagas (também romântico), aproveitando a ocasião para censurar o grupo de jovens da Escola de Coimbra. Acusa-os de exibicionismo, de obscuridade, de tentarem subverter a noção de poesia e, finalmente, de falta de “bom senso e bom gosto”.
A carta de resposta de Antero de Quental (diretamente mencionado no posfácio) a esta provocação, foi por ele intitulada de “Bom Senso e Bom Gosto” e como que oficializou a contenda. Nesta carta são atacados “os valores convencionais das camarilhas instaladas”, demonstrando-se grande ânsia de modernização.
Sublinhe-se apenas que, apesar de extremamente conotado com o romantismo português, a obra de Castilho é, geralmente, considerada medíocre, sendo a relevância do autor mais notória no que toca ao apadrinhamento de outros escritores (prática que levaria Antero a chamar aos prefaciados por Castilho a “Escola do Elogio Mútuo”).
Num tom, de certo modo, panfletário, Antero delineou um conceito novo da missão do escritor, reivindicando a liberdade e a independência do espírito, contra as teocracias literárias. Este protesto, que se investiu de um caráter essencialmente moral, afirmou a insubmissão iconoclasta dos jovens de Coimbra à escola de Castilho.
Quando os intelectuais conservadores acorreram em defesa de Castilho, instaurou-se a batalha. Os artigos, folhetins e opúsculos em apoio de uma e de outra parte multiplicaram-se. A batalha entre o Romantismo agonizante e o novo Realismo fervilhante prolongou-se pelo ano de 1866. A partir de Março desse ano a polêmica começou a declinar em qualidade e quantidade.
Com a Questão Coimbrã entraram em conflito o velho sentimentalismo do Ultra-Romantismo vernáculo e o novo espírito científico europeu. Apareceu um novo lirismo social, humanitário e crítico que insurgiu contra a tirania do gosto literário protagonizada por Castilho. No entanto, a questão não foi só literária, mas denunciou incompatibilidades mais profundas, espelhando um movimento político, histórico e filosófico de grande amplitude. Sacudiu, também, o marasmo da vida cultural do país, e, se não contribuiu, desde logo, para a introdução do Realismo em Portugal, veio demarcar as fronteiras entre os autênticos românticos e o Ultra-romantismo obsoleto e convencional.




O Romantismo no Brasil


 O Romantismo no Brasil ocorre 14 anos após a independência do país, o que contribui para a  implantação de marcas nacionalistas e repúdio a qualquer influência de Portugal em nossa literatura. O rompimento do domínio colonial também foi responsável pelo sentimento de liberdade notável nas obras desta época.

A ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, introduziu-se em 1836, graças ao livro Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, e à revista Niterói, fundada e publicada pelo mesmo, Porto Alegre e Torres Homem; Revista Brasiliense de Ciências, Letras e Artes, que trazia a epígrafe: “Tudo pelo Brasil e para o Brasil”, e perdurou até 1881, quando o surgimento de O Mulato, de Aluísio de Azevedo deu início à estética realista e naturalista em nossas letras. Durante quatro decênios, imperaram o 'eu', a anarquia, o liberalismo, o sentimentalismo, o nacionalismo, por meio da poesia, do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época). Três os momentos percorridos pela metamorfose romântica:


Primeira geração: Nacionalista

Nacionalista, indianista e religiosa.
Se preocupava em garantir uma identidade nacional. Período de implantação e definição do novo credo cultural, anticolonialista e antilusitano (pós-independência). 

 Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias na poesia, Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar, na prosa, e Martins Pena, no teatro;

Apresenta como traço essencial o nacionalismo, destacando o indianismo, o regionalismo, a pesquisa histórica, folclórica e linguística, e a crítica aos problemas nacionais.

Os primeiros românticos são conhecidos como nativistas, retratam índios vivendo livremente na natureza, numa representação idealizada.
Índio = símbolo do homem livre e incorruptível


No álbum da Ilustríssima e Excelentíssima Senhora D. Joana Marques Lisboa

Gonçalves de Magalhães

[...]

Oh fantasia, oh único refúgio
Do mísero proscrito!
Tu, para consolar o peito aflito,
Os passados prazeres nos retratas;
As pandas asas das prisões desatas,
E pelos pátrios ares deslizando,
Que sublimes visões nos vais pintando!

[...]

Oh! Como é doce então a alma engolfar-se
Nas cenas do passado!
Tudo vem ante nós apresentar-se
Nesse querido instante!
Nossa alma, entre mil cenas delirante,
Ouve a voz da saudade que murmura;
A saudade, a saudade,
Esse triste prazer que não se explica.
Agro prazer de um coração magoado,
Prazer que se mistura
Com dor, com aflição, saudosa angústia
Que nos punge, nos rói, nos vivifica.
Assim nestas estranhas, longes plagas
Se nos antolha a Pátria!
E por ela em cada inverno
De contínuo suspiramos,
E mesmo na primavera
Inda dela nos lembramos.

Cada quadro nos desperta
A cadeia interrompida
De gratas reminiscências
Da nossa passada vida.

Assim, assim um dia,
Já sob o céu Brasílio,
Como um sonho, da Europa a bela imagem
Ressurgindo na nossa fantasia,
Despertará saudades deste exílio.

Então entre mil cenas divagando,
Do passado as ideias refrescando,
Ante nós se erguerá também Bruxelas,
Seus parques, seus jardins, e as torres belas
Dos seus templos, e góticos palácios.

Então, talvez então, vendo este livro,
Que quadros vos recorda tão diversos,
Vos lembrareis do errante, jovem vate,
Que estes versos traçou, saudosos versos.
Os gratos dias,
Que aqui gozei,
Ante minha alma
Sempre os terei.
Os inocentes,
Gratos penhores,
Anjos da terra
Encantadores,
Que tantas vezes
Eu afagava,
E em grato enlevo,
Os abraçava;
Esta harmonia
Do par ditoso;
Em vós beleza,
Amor no esposo;
Candura em todos,
Terna bondade,
Dotes sublimes
Da Divindade
Jamais minha alma
Olvidará,
E de vós sempre
Se lembrará.

Suspiros Poéticos e Saudades - Gonçalves de Magalhães


Segunda geração: Ultrarromântica

Marcado pelo Mal do século (Mal de Werther). Egocentrismo irritado, pessimismo, satanismo, fascínio pela morte.
Visão negativa do mundo e da sociedade. Decadência, tédio, desilusão, melancolia. Inadequação à realidade. Vivem uma vida desregrada. Considera-se que esse desconforto é devido ao vazio existencial deixado pelo racionalismo iluminista.
Diante do amor apresentam uma visão dualista: atração e medo, desejo e culpa. 
A imagem de perfeição feminina é relacionada à morte, há o desejo do relacionamento, mas não a concretização.

 Se instala a moda byroniana em poesia, com Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire, Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, e os ficcionistas José de Alencar, Bernardo Guimarães, Manuel Antônio de Almeida e Joaquim Manoel de Macedo.


I-Juca-Pirama

Gonçalves Dias

[...]
No meios de tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos - cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d'altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Terríveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.
São rudes, severos, sedentos de glória,
Já prélios incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror!
[...]

I-Juca-Pirama - Gonçalves Dias


Terceira geração: Condoreira, Geração Hugoniana

Grupo Condoreiro. Caráter político e social
Recebe esse nome uma vez que está associada metaforicamente à liberdade da ave condor, símbolo da Cordilheira dos Andes.
Busca dos escritores pelos princípios libertários, inspirados sobretudo na poesia político-social do francês Victor Hugo. Não apresenta mais o estilo melancólico.
Apresenta como traços a busca da justiça e da identidade nacional, temas abolicionistas e republicanos, erotismo e pecado, libertação do egocentrismo.

Equivalente às últimas décadas da época, em que se presencia a gestação do Realismo e, portanto, o desmoronar do Romantismo, com Castro Alves, na poesia, e Visconde de Taunay, na prosa. (MOISÉS, 2012, p.121)


O Navio Negreiro

Castro Alves

Tragédia no mar
[...]
Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
em sangue a se banhar.
Tinir de ferros...estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças... mas nuas, espantadas.
Em ânsia e mágoa vãs
[...]

O Navio Negreiro - Castro Alves        Análise



Principais autores em Portugal:

  • Almeida Garret (1799-1854) Considerado o precursor do movimento em Portugal. Teve que se mudar várias vezes devido às revoluções, o que contribuiu para sua formação crítica. Em 1825 escreve Camões, obra que inaugura o Romantismo em Portugal

  • Alexandre Herculano (1810-1877) Tendo se destacado na prosa, suas obras mais marcantes são Eurico e Presbítero. Além de literato, era um intelectual atuante que contribuía para mudanças sociais.

  • Camilo Castelo Branco (1825-1890) Suas obras foram inicialmente românticas e posteriormente realistas. Do Romantismo destacaram-se suas publicações ultrarromânticas e satíricas. As novelas românticas também são obras importantes do autor. Sua publicação de mais destaque é Amor de Perdição e, na sequência, Amor de Salvação.



Principais autores no Brasil:

  • Gonçalves Dias: Autor de Canção do Exílio e I-Juca-Pirama, suas principais publicações. 


  • Castro Alves: destacou-se como escritor abolicionista, principal representação Navio Negreiro.


  • José de Alencar: Obra vasta, marca-se pela idealização e algumas pela relação com a natureza: Lucíola, A Viuvinha, Cinco Minutos, Senhora, O Gaúcho, O Sertanejo, O Tronco do Ipê, A Guerra dos Mascates, As Minas de Prata, O Guarani, Iracema e Ubirajara.

  • Manuel Antônio de Almeida: suas obras marcadas pelo urbanismo foram precursoras do realismo. Sua obra de mais destaque: Memórias de um Sargento de Milícias.


  • Visconde de Taunay: também regionalistas. Suas obras propiciavam uma boa visão das matas brasileiras. Destacam-se entre suas publicações Inocência e Retirada da Laguna.

  • Machado de Assis: dividiu-se entre as fases romântica e realista. A Mão e a Luva e Helena são destaques dessa fase.





Romantismo na música:





Moonlight Sonata, Beethoven:




Romantismo na pintura:

Caspar David Friedrich: O peregrino sobre o mar de névoa, 1818 

William Turner: O incêndio no parlamento, 1835

Fuseli: O sonho de Belinda, 1780-1790

Francis Danby: O dilúvio, c.1840


Romantismo na arquitetura:





Romantismo na escultura:





Exercícios e arquivos sobre o Romantismo:

Exercícios de Literatura- Romantismo - Projeto Medicina


Mundo Português - da prof. Dani Bressan - Arquivo com síntese, exemplos e exercícios. MUITO BOM!!!

Exercícios Romantismo

Exercícios poesia - 3a geração

01. (UFPA) Na época da independência do Brasil, quando nosso país precisava auto-afirmar-se como nação, entrou em vigência entre nós um estilo de época que, pelos ideais de liberdade que professava através de sua ideologia, se prestava admiravelmente a expressar esses anseios nacionalistas. Tal estilo foi:
a) Romantismo
b) Barroco
c) Realismo/Naturalismo
d) Modernismo
e) Neoclassicismo


02. (FUVEST) Entre as obras mais comentadas do Visconde de Taunay estão: O Encilhamento, A Retirada da Laguna e, principalmente, o romance:
a) A Moreninha;
b) Inocência;
c) Clarissa;
d) Rosa;
e) A Escrava Isaura


03. (U.F.GOIÁS) Em relação à obra Memórias de um Sargento de Milícias pode-se afirmar que:
a) contraste entre o bem e o mal próprio dos romances românticos desaparece na figura do ator herói;
b) personagem Leonardo nasce malandro feito, como em Macunaíma;
c) Leonardo adquire as características da malandragem por força das circunstâncias;
d) panorama traçado pelo autor é limitado espaço em que as ações se desenvolvem;
e) panorama traçado pelo autor é ampliado espaço em que as ações se desenvolvem.


04. (UM-SP) O gosto pela expressão dos sentimentos, dos sonhos e das emoções que agitam seu mundo interior, numa atitude individualista e profundamente pessoal, marcou os autores do:
a) movimento realista
b) movimento árcade
c) movimento romântico
d) movimento barroco
e) movimento naturalista.


05. (PUC-MG) Os fragmentos abaixo, retirados de obras da Literatura Brasileira, caracterizam a ideologia criada pelo Indianismo, exceto:
a) "(...) No Guarani o selvagem é um ideal, que o escritor intenta poetizar, despindo-o da crosta grosseira de que o envolveram os cronistas..."
b) "(...) Os tupis desceram para serem absorvidos. Para se diluírem no sangue da gente nova. Para viver subjetivamente e transformar numa prodigiosa força a bondade do brasileiro e o seu grande sentimento de humanidade."
c) "(...) Criaturas de Deus, de bons corpos e bom espírito, ainda sem religião e educáveis no bem ou no mal. Seria fácil trazê-las de sua virtude natural à virtude consciente do Cristianismo, para sua eterna salvação."
d) "(...) Era Peri. Altivo, nobre, radiante da coragem invencível e do sublime heroísmo de que já dera tantos exemplos, o índio se apresentava só em face de duzentos inimigos fortes e sequiosos de vingança."
e) "(...) contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de Antônio de Mariz."


06. (FUVEST-SP) "A identificação da natureza com o sofrimento humano, a tragédia perene do amante rejeitado, o jovem andarilho condenado à vida errante em sua curta eternidade, a solidão do artista. E, enfim, a resignação e a reconciliação – ressentidas um pouco, por certo."
O texto acima enumera preferências temáticas e concepções existenciais dos poetas:
a) barrocos.
b) arcádicos.
c) românticos.
d) simbolistas.
e) parnasianos.


07. (FUVEST-SP) Sobre o romance indianista de José de Alencar, pode-se afirmar que:
a) analisa as reações psicológicas da personagem como um efeito das influências sociais.
b) é um composto resultante de formas originais do conto.
c) dá forma ao herói amalgamando-o à vida da natureza.
d) representa contestação política ao domínio português.
e) mantém-se preso aos modelos legados pelos clássicos.


08. (UFPA) A liberdade de inspiração, pregada pelos românticos, correspondia, também, à liberdade formal – esta peculiaridade possibilitou a mistura dos gêneros literários e o conseqüente abandono da hierarquia clássica que os presidia. Como conseqüência, no Brasil:
a) Observa-se um detrimento da poesia em favor da prosa.
b) Registra-se o abandono total do soneto.
c) Verifica-se a interpenetração dos gêneros, o que muito enriqueceu os já existentes, possibilitando o aparecimento de novos.
d) Ampliou-se o alcance da poesia, o que já não se pode dizer quanto ao romance e ao teatro.
e) Usou-se, quase abusivamente, o verso livre, o que muito contribuiu para o desenvolvimento de nossa poesia.


09. (UFES) Em relação ao romance Lucíola, de José de Alencar, só não é correto dizer que:
a) analisa o drama íntimo de uma mulher, dividida entre o amor conjugal e a riqueza material.
b) é escrito em forma de cartas, que serão reunidas e publicadas pela senhora que aparece no texto.
c) narrador em 1ª pessoa retrata um perfil de mulher aparentemente mundana e frívola.
d) protagonista relata, através de sua visão romântica, a sina da prostituição de Lúcia.
e) autor revela aspectos negativos dos costumes burgueses do Rio de Janeiro de cem anos atrás.


10.  (UCP-PR) O desejo de morrer e a sentimentalidade doentia são características da poesia do autor de Lira dos vinte anos. Trata-se de:
a) Gonçalves Dias.
b) Castro Alves.
c) Gonçalves de Magalhães.
d) Casimiro de Abreu.
e) Álvares de Azevedo.


11. (UFRN) Sobre Gonçalves Dias, é correto afirmar:
a) natural do Ceará, escreveu obras indianistas como A Confederação dos Tamoios e Ubirajara.
b) poeta gaúcho, destacou-se, dentro do Romantismo, pela poesia lírica e sentimental como, por exemplo, Lira dos Vinte Anos e A Noite na Taverna.
c) poeta maranhense, um dos principais representantes do Romantismo, escreveu poesias sentimentais e poemas de enaltecimento do índio como, por exemplo, Timbiras.
d) natural de Minas Gerais, foi um dos representantes do Pré-Modernismo ao escrever Inspirações do Claustro.
e) poeta paulista, pertencente ao Parnasianismo, ficou famoso com a obra Conferências Literárias.


12. (FAU-SP) O indianismo de nossos poetas românticos é:
a) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça brasileira.
b) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da capitania de São Vicente.
c) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere do modelo europeu.
d) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.
e) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.


13. (U.F. Juiz de Fora-MG) Em relação ao Romantismo brasileiro, todas as afirmações são verdadeiras. Exceto:
a) expressão do nacionalismo através da descrição de costumes e regiões do Brasil.
b) análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira.
c) desenvolvimento do teatro nacional.
d) expressão poética de temas confessionais, indianistas e humanistas.
e) caracterização do romance como forma de entretenimento e moralização.


14. (OSEC-SP) A época romântica caracteriza-se por ser:
a) lusófoba e nacionalista.
b) de influência inglesa.
c) atéia e influenciada pelo positivismo.
d) carente de bons poetas.


15. (FMABC-SP) Assinale a alternativa em que se encontram três características do movimento literário ao qual se dá o nome de Romantismo:
a) predomínio da razão, perfeição da forma, imitação dos antigos gregos e romanos
b) reação anticlássica, busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação
c) anseio de liberdade criadora, busca de verdades absolutas e universais, arte pela arte
d) desejo de expressar a realidade objetiva, visão materialista do universo
e) preferência por temas medievais, rebuscamento de conteúdo e de forma, tentativa de expressar a realidade inconsciente.


16. (UFRS) A produção de Álvares de Azevedo é, no Brasil, a maior expressão:
a) do culto à natureza
b) do cientificismo
c) da arte pela arte
d) do culto ao "bom selvagem"
e) do mal-do-século.


17. (FMU/FIAM-SP) O homem de todas as épocas se preocupa com a natureza. Cada período a vê de modo particular. No Romantismo, a natureza aparece como:
a) um cenário cientificamente estudado pelo homem; a natureza é mais importante que o elemento humano.
b) um cenário estático, indiferente; só o homem se projeta em busca de sua realização.
c) um cenário sem importância nenhuma; é apenas pano de fundo para as emoções humanas.
d) confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a paisagem; a natureza se modifica de acordo com o estado emocional do poeta.
e) um cenário idealizado, onde todos são felizes e os poetas são pastores.


18. (UNIP-SP) Assinale a característica não-aplicável à poesia romântica:
a) artista goza de liberdade na metrificação e na distribuição rítmica;
b) importante é o culto da forma, a arte pela arte;
c) a poesia é primordialmente pessoal, intimista e amorosa;
d) enfatiza-se a auto-expressão, o subjetivismo, o individualismo;
e) a linguagem do poeta é a mesma do povo: simples, espontânea.


19.  (UFV-MG) Assinale a alternativa falsa:
a) Romantismo, como estilo, não é modelado pela individualidade do autor; a forma predomina sempre sobre o conteúdo.
b) Romantismo é um movimento de expressão universal, inspirado nos modelos medievais e unificado pela prevalência de características comuns a todos os escritores da época.
c) Romantismo, como estilo de época, consistiu basicamente num fenômeno estético-literário desenvolvido em oposição ao intelectualismo e à tradição racionalista e clássica do século XVIII.
d) Romantismo, ou melhor, o espírito romântico, pode ser sintetizado numa única qualidade: a imaginação. Pode-se creditar à imaginação a capacidade extraordinária dos românticos de criarem mundos imaginários.
e) Romantismo caracterizou-se por um complexo de características, como o subjetivismo, o ilogismo, o senso de mistério, o exagero, o culto da natureza e o escapismo.


20. (Cesgranrio-RJ) O próprio Romantismo produziu uma literatura em desacordo com certas tônicas do movimento. Através da ironia, autores românticos revelam irreverência muitas vezes feroz.
 Assinale a opção em que o autor se mantém dentro dos preceitos mais conhecidos da escola romântica, tais como a glorificação do ideal e do sublime e o desapego ao mundo material:
a) "Dos prazeres do amor as primícias,/ De meu pai entre os braços gozei;/ E de amor as extremas delícias/ Deu-me um filho, que dele gerei." (Bernardo Guimarães)
b) "Como dormia! Que profundo sono!.../ tinha na mão o ferro do engomado.../ Como roncava maviosa e pura!.../ Quase caí na rua desmaiado!" (Álvares de Azevedo)
c) "(Damas da nobreza) – Não precisa aprendê/ Quem tem pretos p'herdá/ e escravidão p'escrevê;/ Basta tê/ Burra d'ouro e casá." (Sousândrade)
d) "Porque Deus pôs em meu peito/ Um tesouro de harmonia:/ Deu-me a sina de seus anjos,/ Deu-me o dom da poesia.' (Junqueira Freire)
e) "Nem há de negá-lo – não há doce lira/ Nem sangue de poeta ou alma virgem/ Que valha o talismã que no oiro vibra!" (Álvares de Azevedo)


21. (UFSCar-SP) Assinale a opção que melhor preencha a lacuna existente no seguinte texto:
"Segundo a interpretação de Karl Mannehim, o ..... expressa os sentimentos dos descontentes com as novas estruturas: a nobreza, que já caiu, e a pequena burguesia que ainda não subiu: de onde, as atitudes saudosistas ou reivindicatórias que pontuam todo o movimento."
a) Realismo
b) Romantismo
c) Modernismo
d) Impressionismo
e) Arcadismo


22. (FUVEST-SP) Tomadas em conjunto, as obras de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves demonstram que, no Brasil, a poesia romântica:
a) pouco deveu às literaturas estrangeiras, consolidando de forma homogênea a inclinação sentimental e o anseio nacionalista dos escritores da época.
b) repercutiu, com efeitos locais, diferentes valores e tonalidades da literatura européia: a dignidade do homem natural, a exacerbação das paixões e a crença em lutas libertárias.
c) constituiu um painel de estilos diversificados, cada um dos poetas criando livremente sua linguagem, mas preocupados todos com a afirmação dos ideais abolicionistas e republicanos.
d) refletiu as tendências ao intimismo e à morbidez de alguns poetas europeus, evitando ocupar-se com temas sociais e históricos, tidos como prosaicos.
e) cultuou sobretudo o satanismo, inspirado no poeta inglês Byron, e a memória nostálgica das civilizações da Antigüidade clássica, representadas por suas ruínas.


23. (FEI-SP) Assinale o item que contém somente características românticas:
a) Subjetivismo, bucolismo, sentimentalismo.
b) subjetivismo, nacionalismo, pastoralismo.
c) Culto à natureza, nacionalismo, culto ao contraste.
d) Conceitismo, liberdade de formas, cultismo.
e) Nacionalismo, culto à natureza, liberdade de formas.


24. (UCP-PR) "O público gostava de obras que lhe permitissem auto-identificar-se com as personagens, que lhe fornecessem meios de esquecer, com a leitura, a monotonia da vida regulada pelos estreitos horizontes burgueses."
O texto acima faz referência à estética:
a) barroca
b) simbolista
c) modernista
d) romântica
e) parnasiana


25. (UFV-MG) A ficção romântica é repleta de sentimentalismos, inquietações, amor como única possibilidade de realização, personagens burgueses idealizados, culminando sempre com o habitual "... e foram felizes para sempre".
Assinale a alternativa que não corresponde à afirmação acima:
a) amor constitui o objetivo fundamental da existência e o casamento, o fim último da vida.
b) Não há defesa intransigente do casamento e da continência sexual anterior a ele.
c) A frustração amorosa leva, incondicionalmente, à morte.
d) Os protagonistas são retratados como personagens belos, puros, corajosos.
e) A economia burguesa determina os gostos e a maneira de ver o mundo ficcional romântico.


 GABARITO 01 - A
02 - B
03 - B
04 - C
05 - E
06 - C
07 - C
08 - C
09 - B
10 - E
11 - C
12 - E
13 - B
14 - A
15 - B
16 - E
17 - D
18 - B
19 - A
20 - D
21 - B
22 - B
23 - E
24 - D
25 - B




Gabarito dos exercícios abaixo se encontra ao final.

1. (USP) O índio, em alguns romances de José de Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:
  1. retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica.
  2. idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico.
  3. pretexto episódico para descrição da natureza.
  4. visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.
  5. representado como um primitivo feroz e de maus instintos.
(PUC)
Os exercícios 2 a 7 referem-se aos dois capítulos transcritos.
"Capítulo CXXIV
VÁ DE INTERMÉDIO
Que há entre a vida e a morte? Uma curta ponte. Não obstante, se eu não compusesse este capítulo, padeceria o leitor um forte abalo, assaz danoso ao efeito do livro. Saltar de um retrato a um epitáfio, pode ser real e comum; o leitor, entretanto, não se refugia no livro, senão para escapar à vida. Não digo que este pensamento seja meu; digo que há dose de verdade, e que, ao menos, a forma é pitoresca. E, repito: não é meu."
"Capítulo CXXV
EPITÁFIO
AQUI JAZ
D. EULÁLIA DAMACENA DE BRITO
MORTA
AOS DEZENOVE ANOS DE IDADE
ORAI POR ELA!"
2. (PUC-SP) Identifique e relacione obra e autor dos dois capítulos do texto:
1. Memórias Sentimentais de João Miramar.
2. Memórias Póstumas de Brás Cubas.
3. Triste Fim de Policarpo Quaresma.
A. Lima Barreto
B. Oswald de Andrade
C. Machado de Assis.
  1. 3 e A.
  2. 1 e B.
  3. 2 e C.
  4. 1 e C.
  5. 2 e B.
3. (PUC-SP) O capítulo CXXV é, do ponto de vista de sua feitura:
um capítulo perfeitamente romântico, por tratar do tema "morte".
  1. um capítulo bastante adequado ao gênero romance, onde deve sempre haver uma nova unidade de trama.
  2. um tanto inusitado neste romance que se enquadra perfeitamente na norma estabelecida.
  3. perfeitamente cabível neste romance, pelo seu tom trágico.
  4. um momento de rompimento do padrão romanesco, pelo seu aspecto anti-narrativo.
4. (PUC-SP) No romance como um todo, as repetidas interrupções para considerações como essas que são feitas no Cap. CXXIV referindo-se ao narrar, ao leitor, ao narrador, revelam:
  1. um imperfeito domínio da técnica narrativa.
  2. uma técnica que sempre fez parte das normas de composição do romance, independentemente da época.
  3. uma "inauguração", na literatura brasileira, do moderno romance, contrariando inclusive as principais normas narrativas;
  4. uma técnica muito usada pelos escritores da época romântica, relegada depois a segundo plano.
  5. uma técnica já superada, mesmo na época romântica.
5. (PUC-SP) Na frase "(...) se eu não compusesse este capítulo, padeceria o leitor um forte abalo, assaz danoso ao efeito do livro", os elementos sublinhados denotam referência a, respectivamente:
  1. canal, emissor, receptor
  2. emissor, contato, canal
  3. código, receptor, mensagem
  4. código, receptor, canal
  5. emissor, receptor, mensagem.
6. (PUC-SP) "O leitor, entretanto, não se refugia no livro senão para escapar à vida." Nesta frase cria-se uma constelação de alusões diretas, ou indiretas, em vários níveis. Qual delas você considera a menos viável neste romance?
  1. referência-antecipação à morte do próprio narrador no final do livro.
  2. referência ao morto-narrador.
  3. referência à morte de Eulália.
  4. referência ao caráter de ficção do romance.
  5. referência à morte como presença constante no livro.
7. (PUC-SP) O capítulo CXXV deve ser visto:
  1. muito mais como um ícone do que como discurso linear.
  2. em primeiro lugar como um fato surpreendente, totalmente inesperado.
  3. somente como uma manifestação de pesar do narrador.
  4. de acordo com a leitura convencional de um romance, sem grandes surpresas ou novidades.
  5. como a uma frase, mas numa sintaxe estranha.
(OSEC) Os trechos I, II e III referem-se às questões 8 a 10.
I - "Passaram-se semanas, Jerônimo agora, todas as manhãs tomava uma xícara de café bem grosso, à moda da Ritinha e tragava dois dedos de parati "pra cortar a friagem".
Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambição, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar, adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguiçoso, resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor, muralha de fogo com que o espírito eternamente revoltado do último tambor entrincheirou a pátria contra os conquistadores aventureiros."
II -"O que estou é velho. Cinqüenta anos pelo São Pedro. Cinqüenta anos perdidos, cinqüenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada.
Cinqüenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se uma pessoa a vida inteira sem saber para quê! Comer e dormir como um porco! Como um porco! Levantar-se cedo todas as manhãs e sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar tudo?
Sol, chuva, noites de insônia, cálculos, combinações, violências, perigos e nem sequer me resta a ilusão de ter realizado obra proveitosa."
III- "Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe "Bruxa".
8. (OSEC) Pelo tratamento dado às personagens pode-se dizer que:
  1. texto I é romântico, o II é moderno e o III é naturalista.
  2. Os textos I e III são naturalistas e o II é moderno.
  3. Os textos I e II são modernos e o III é naturalista.
  4. Os textos I e II são modernos e o III é romântico.
  5. Os textos I e III são modernos e o II é romântico.
9. (OSEC) Percebe-se a personagem em conflito com os valores do seu mundo:
  1. somente no trecho I.
  2. nos trechos I e II.
  3. somente no trecho II.
  4. nos trechos I e III.
  5. nos trechos II e III.
10. (OSEC) O texto II pertence a:
  1. Graciliano Ramos.
  2. José Lins do Rego.
  3. José de Alencar.
  4. Aluísio Azevedo.
  5. Jorge Amado.
11. (SANTA CASA) No conto "Um Homem Célebre", ocorre o falecimento da esposa do Pestana, personagem central, compositor que não logra concluir um réquiem para a missa da mulher. "Contentou-se da missa rezada e simples, para ele só. Não se pode dizer se todas as lágrimas que lhe vieram sorrateiramente aos olhos foram do marido, ou se algumas eram do compositor."
Conforme o excerto lembra, na obra de Machado de Assis é comum que o narrador:
  1. ponha em dúvida o significado aparente da realidade, muitas vezes enganoso.
  2. interfira emocionalmente no texto, tornando-o dramático, sentimentalista e ultra-romântico.
  3. busque revelar a profunda hipocrisia e bondade que, a um tempo, caracterizam o comportamento dos seres humanos.
  4. busque revelar o aspecto mais piedoso do caráter das personagens construindo uma narrativa eminentemente moralista.
  5. construa um texto fortemente espiritualizado, em que importa pouco o significado material das ações.
12. (SANTA CASA) "O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. "Homo sum", como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente, e, o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias – isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer muito prosaicos, não há poesia".
Com essas palavras, o poeta romântico Álvares de Azevedo valoriza o lado material do ser humano, deixando perceber concepções estéticas que poderiam ser consideradas precursoras da corrente literária:
  1. clássica
  2. barroca
  3. arcádica
  4. naturalista
  5. simbolista
13. (SANTA CASA) "A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a "Machona", portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo".
O texto permite afirmar que:
  1. naturalismo e o realismo, a fim de evidenciarem as mazelas do tempo, deram ênfase à análise do comportamento psicológico.
  2. a prosa romântica pautou-se por uma visão mecanicista do homem e das relações humanas.
  3. realismo caracterizou a realidade por meio da metáfora elegante, da ironia, de um cinismo penetrante e refinado.
  4. romantismo, incorporando elementos populares e prosaicos, idealizou a força física e a pujança moral do povo.
  5. a estética naturalista realça certos pormenores do quadro, modificando o equilíbrio entre as partes que o compõem.
14. (UEL) Assinale a alternativa que completa adequadamente a asserção:
O Romantismo, graças à ideologia dominante e a um complexo conteúdo artístico, social e político, caracteriza-se como uma época propícia ao aparecimento de naturezas humanas marcadas por
  1. teocentrismo, hipersensibilidade, alegria, otimismo e crença.
  2. etnocentrismo, insensibilidade, descontração, otimismo e crença na sociedade.
  3. egocentrismo, hipersensibilidade, melancolia, pessimismo, angústia e desespero.
  4. teocentrismo, insensibilidade, descontração, angústia e desesperança.
  5. egocentrismo, hipersensibilidade, alegria, descontração e crença no futuro.
15. (FUVEST)
I
Porque não merecia o que lograva,
Deixei, como ignorante, o bem que tinha,
Vim sem considerar aonde vinha,
Deixei sem atender o que deixava.
II
Se a flauta mal cadente
Entoa agora o verso harmonioso,
Sabei, me comunica este saudoso
Influxo a dor veemente;
Não o gênio suave,
Que ouviste já no acento agudo e grave.
III
Da delirante embriaguez de bardo
sonhos em que afoguei o ardor da vida,
Ardente orvalho de febris pranteios,
Que lucro à alma descrita?"
Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são respectivamente:
  1. Barroco – Arcadismo – Romantismo.
  2. Barroco – Romantismo – Parnasianismo.
  3. Romantismo – Parnasianismo – Simbolismo.
  4. Romantismo – Simbolismo – Modernismo.
  5. Parnasianismo – Simbolismo – Modernismo.
16. (FUVEST) "Neste despropositado e inclassificável livro (...), não é que se quebre, mas enreda-se o fio das histórias e das observações por tal modo, que, bem o vejo e sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão embaraçada meada". Eis como o autor vê sua obra, dentro da qual faz reflexões como esta: "o povo, o povo está são: os corruptos somos nós os que cuidamos saber e ignoramos tudo." Trata-se da obra
  1. Portugal, de Miguel Torga.
  2. Quincas Borba, de Machado de Assis.
  3. Os maias, de Eça de Queirós.
  4. Vidas secas, de Graciliano Ramos.
  5. Viagens na minha terra, de Almeida Garrett.
17. (FUVEST)
I - Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da primeira metade do século XVI, vivenciando, na expressão de Antônio José Saraiva, o reflexo da crise.
II - Atuou na linha do teatro de costumes, associou o burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
Os enunciados referem-se, respectivamente, aos teatrólogos:
  1. Camilo Castelo Branco e José de Alencar.
  2. Machado de Assis e Miguel Torga.
  3. Gil Vicente e Nelson Rodrigues.
  4. Gil Vicente e Martins Pena.
  5. Camilo Castelo Branco e Nelson Rodrigues
18. (PUCCAMP)
"Cantor das selvas, entre bravas matas
Áspero tronco da palmeira escolho,
Unido a ele soltarei meu canto,
Enquanto o vento nos palmares zune,
Rugindo os longos, encontrados leques."
Os versos acima, de Os Timbiras, de Gonçalves Dias, apresentam características da primeira geração romântica:
  1. apego ao equilíbrio na forma de expressão; presença do nacionalismo, pela temática indianista e pela valorização da natureza brasileira.
  2. resistência aos exageros sentimentais e à forma de expressão subordinada às emoções; visão da poesia a serviço de causas sociais, como a escravidão.
  3. expressão preocupada com o senso de medida; "mal do século"; natureza como amiga e confidente.
  4. transbordamento na forma de expressão; valorização do índio como típico homem nacional; apresentação da natureza como refúgio dos males do coração.
  5. expressão a serviço da manifestação dos estados de espírito mais exagerados; sentimento profundo de solidão.
19 (UFJR) Marque a alternativa correta sobre a obra Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco:
  1. Trata-se de uma narrativa centrada na opressão da liberdade individual, opressão esta promovida por uma sociedade provinciana ligada a velhos preconceitos.
  2. Estabelece-se na narrativa o conflito entre o indivíduo e o meio social, com a conseqüente vitória do indivíduo através da realização de seus objetivos.
20 (E. A. LAVRAS) "Vinha o passado e sentava-se num banco, tomando, a fresca ou tomando o luar".
O passado, com sua melancolia, seu saudosismo, sua ternura, seu romantismo, não está presente na seguinte passagem do texto:
  1. "(...) esse laguinho e essa saudade da valsa de Ouro Preto".
  2. "Ah, como pisavam de leve na areia, com força em nossos corações!"
  3. "Na alameda elegante, moças desfilavam perante os rapazes, às quintas e domingos".
  4. "(...) fontes bem luminosas na escuridão, e bem musicais em meio à cacofonia geral".
  5. "Adeus, singelo espelho d'água da Praça, adeus, coreto histórico sentimental dos seresteiros e das charangas caprichadas".
21. (F.C.CHAGAS) "O critério de apresentação da obra, colocando em primeiro lugar a parte referente ao indígena, está de acordo com a busca do exotismo que era moda na época.
"A moda que o juízo crítico acima transcrito menciona, a propósito da obra A Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, do pintor Jean-Baptiste Debret, era vigente no período ..... da literatura.
  1. barroco;
  2. arcádico
  3. romântico;
  4. realista;
  5. naturalista.
22. (USC) A respeito do Romantismo no Brasil, pode-se afirmar que:
  1. sua ação nacionalista deu origem às condições políticas que propiciaram a nossa Independência;
  2. coincidiu com o momento decisivo de definição da nacionalidade e colaborou para essa definição;
  3. espelhou sempre as influências estrangeiras, em nada aproveitando os costumes e a cor locais;
  4. foi decisivo para o amadurecimento dos sentimentos nativistas que culminaram na Inconfidência Mineira;
  5. ganhou relevo apenas na poesia, talvez por falta de talentos no cultivo da ficção.
23. (F.C.CHAGAS) O movimento romântico, cujas origens estão na Alemanha e na Inglaterra, adquiriu na literatura brasileira um reflexo extraordinário porque:
  1. nossas letras contavam, à época, com artistas do talento de um Machado de Assis e de um Raul Pompéia;
  2. coincidiu com o momento decisivo de definição da nossa nacionalidade e de valorização do nosso passado histórico;
  3. prosperavam, entre nós, os sentimentos nativistas elevados ao mais alto plano estético, como demonstram os poemas "O Uruguai" e "Caramuru";
  4. nosso complexo cultural de colonizadores encontrava na prosa intimista sua expressão mais adequada e natural;
  5. nossos homens de letras e de ciências criaram teorias em que se demonstrava a flagrante superioridade do pensamento anglo-germânico sobre o de outros povos.
24. (FUVEST)
I - "Ah! enquanto os destinos impiedosos
Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos
II -"É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida."
III- "E quando eu durmo, e o coração ainda
Procura na ilusão da lembrança,
Anjo da vida, passa nos meus sonhos
E meus lábios orvalha de esperança!"
Associe os trechos acima com os respectivos movimentos literários, cujas características estão enunciadas abaixo.
Romantismo: evasão e devaneio na realização de um erotismo difuso.
Arcadismo: aproveitamento do momento presente ("carpe diem").
Barroco: efemeridade da beleza física, brevidade enganosa da vida.
  1. romantismo; II- arcadismo; III- barroco;
  2. barroco; II- arcadismo; III- romantismo;
  3. arcadismo; II- romantismo; III- barroco;
  4. arcadismo; II- barroco; III- romantismo;
  5. barroco; II- arcadismo; III- romantismo.
25. (F.C.CHAGAS)
"Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá."
Nestes versos de Gonçalves Dias, escritos em Portugal, o poeta vive um momento marcado por
  1. solidão, devaneio e idealização nacionalista.
  2. melancolia, tédio e ironia;
  3. amor a Portugal, devaneio e idealização nacionalista;
  4. saudades, ânimo satírico e pessimismo;
  5. alívio, expectativa e otimismo.
26. (VUNESP) Baseando-se na leitura do texto de Álvares de Azevedo, assinale a única alternativa incorreta.
"Junto a meu leito, com as mãos unidas,
Olhos fitos no céu, cabelos soltos,
Pálida sombra de mulher formosa
Entre nuvens azuis pranteia orando.
É um retrato talvez. naquele seio
Porventura sonhei doiradas noites.
Talvez sonhando desatei sorrindo
Alguma vez nos ombros perfumados
Esses cabelos negros, e em delíquio
Nos lábios dela suspirei tremendo.
foi-se minha visão. E resta agora
Aquela vaga sombra na parede
– Fantasma de carvão e pó cerúleo,
Tão vaga, tão extinta e fumarenta
Como de um sonho o recordar incerto."
(AZEVEDO, Álvares de. VI Parte de "Idéias Íntimas". In: CÂNDIDO, A. & CASTELLO, J. A. Presença da Literatura Brasileira, vol.II, São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1968, p. 26).
Considerando os aspectos temáticos e formais do poema pode-se vinculá-lo ao segundo momento do movimento romântico brasileiro, também conhecido como "geração do spleen" ou "mal do século."
  1. A presença da mulher amada torna-se o ponto central do poema. Isso é claramente manifestado pelas recordações do eu-lírico, marcado por um passado vivido, que sempre volta em imagens e sonhos.
  2. texto reflete um articulado jogo entre o plano do imaginário e o plano real. Um dos elementos, entre outros, que articula essa contradição é a alternância dos tempos verbais presente/passado.
  3. Realidade e fantasia tornam-se a única realidade no espaço da poesia lírica romântica, gênero privilegiado dentro desse movimento.
  4. Apesar de utilizar decassílabo, esse poema possui o andamento próximo ao da prosa. Esse aspecto formal é importante para intensificar certo prosaísmo intimista da poesia romântica.
27. (PUC) Considerado pela crítica brasileira o escritor mais bem dotado de sua geração, Álvares de Azevedo, além das poesias, deixou-nos que obra de prosa narrativa?
  1. Conde Lopo;
  2. Macário;
  3. espumas Flutuantes;
  4. Noite na Taverna;
  5. Pedro Ivo.
28. (U.FORTALEZA)
"Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
– Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro."
Os versos acima exemplificam:
  1. a utilização de metáforas grandiosas para expressar a indignação com as injustiças sociais que caracteriza a obra de Castro Alves;
  2. a temática a procura da morte como solução para os problemas da existência em que se encontra em Álvares de Azevedo;
  3. tratamento ao mesmo tempo irônico e lírico a que Carlos Drummond de Andrade submete o cotidiano;
  4. a presença da natureza como cenário para o encontro do pastor com sua amada, como ocorre em Tomás Antônio Gonzaga;
  5. a exploração de ecos, assonâncias, aliterações em busca de uma sonoridade válida por si mesma, como se vê na obra de Cruz e Sousa.
29. (F.C.CHAGAS) A poesia confessional e fantasia de Álvares de Azevedo pertence a uma geração romântica situada entre a de
  1. Gonçalves Dias e a de Cláudio Manuel da Costa
  2. Gonçalves de Magalhães e a de Gonçalves Dias;
  3. Castro Alves e a de Cruz e Sousa;
  4. Gonçalves Dias e a de Castro Alves;
  5. Cláudio Manuel da Costa e a de Tomás Antônio Gonzaga.
30. (FEI) Numere a coluna da esquerda, de acordo com a coluna da direita, tendo em vista a poesia romântica brasileira:
1. primeira geração
2. segunda geração
3. terceira geração
( ) abolicionismo
( ) condoreirismo
( ) autocomiseração exacerbada
( ) obsessão pela morte
( ) indianismo
( ) nacionalismo
Agora, escolha a alternativa que apresenta a seqüência correta dos numerais:
  1. 2 - 3 - 2 - 1 - 2 - 1;
  2. 1 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3;
  3. 3 - 2 - 2 - 1- 2 - 2;
  4. 2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1;
  5. 3 - 3 - 2 - 2 - 1 - 1;
31. (F.C.CHAGAS) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
Quando se fala em ..... na literatura romântica, os nomes ..... não podem ser esquecidos.
indianismo - 
abolicionismo - 
abolicionismo - 
indianismo - 
sertanismo - 
32. (F.C.CHAGAS) A palavra de Castro Alves seria, no contexto em que se inseriu, uma palavra aberta à realidade da nação, indignando-se o poeta com o problema do escravo e entusiasmando-se com o progresso e a técnica que já atingiam o meio rural. Esse último aspecto permite afirmar que Castro Alves
  1. identifica-se aos poetas da segunda geração romântica no que se refere à concepção da natureza como refúgio.
  2. afasta-se, nesse sentido, de outros poetas, como Fagundes Varela, que o consideram o campo um antídoto para os males da cidade;
  3. trata a natureza da mesma forma que o poeta árcade que o antecedeu;
  4. antecipa o comportamento do poeta parnasiano que se entusiasma com a realidade exterior;
  5. idealiza a natureza da pátria, buscando preservar a sua simplicidade e pureza, tal como Gonçalves Dias.
33. (AFA) O ideal de liberdade, preconizado por Cecília Meirelles em "Romanceiro da Inconfidência, repete, de certa forma, a temática da poesia social de:
  1. Castro Alves;
  2. Fagundes Varela;
  3. Casimiro de Abreu;
  4. Álvares de Azevedo.
"Agora, peço a você.
Ó caboclo brasileiro,
caboclo ainda cativo,
ler o 'Navio Negreiro'
para ficar informado
do passado cativeiro.
Era um navio maldito,
uma ave de rapina
voando a flor do oceano,
no bojo a gana a assassina
conduzia ouro humano:
a rapa negra era a mina.
Caboclo, não chore não,
não chora quando o poema
apertar-lhe o coração;
se não puderimpe ou gema
ou grite de indignação.
caboclo, este o dilema.
Depois leias as Vozes d'África
com a mesma indignação
contra os senhores de escravos,
ó caboclo do sertão,
o cativeiro de hoje
é o mesmo: cana e algodão."
34. (VUNESP) As quatro estrofes acima constituem trecho de uma obra, publicada em 1952, em que um poeta modernista, autor do longo poema "Invenção de Orfeu", conta à maneira dos poetas populares das feiras nordestinas, a vida e as aventuras de um poeta do romantismo brasileiro. Assinale nas alternativas abaixo aquela que contenha respectivamente:
  1. a temática versada pelas estrofes acima;
  2. nome do poeta romântico;
  3. título da primeira obra deste poeta romântico;
  4. nome do poeta modernista autor desse texto à moda de cordel.
  5. temática regionalista; II- Gonçalves Dias; III- Primeiros Cantos; IV- Mário de Andrade.
  6. temática amorosa; II- Álvares de Azevedo; III- Lira dos Vinte Anos; IV- Ferreira Gullar.
  7. temática racial; II- Casimiro de Abreu; III- Primaveras: IV- Carlos Drummond de Andrade.
  8. temática urbana; II- Olavo Bilac; III- Tarde; IV- Oswald de Andrade.
  9. temática de crítica social; II- Castro Alves; III- Espumas Flutuantes; IV- Jorge de Lima.
35. (F.C.CHAGAS) Embora contemporâneos e focalizando, muitas vezes, o mesmo ambiente social, os romances desses dois escritores revelam a distância em que se encontram: um pela capacidade de desmascarar e denunciar certos aspectos profundos recalcados, da realidade social e individual, pode ser considerado um modesto precursor de Machado de Assis; o outro deve sua popularidade ao fato de trazer para o romance justamente o cenário e personagens familiares ao meio fluminense da segunda metade do século XIX.
Trata-se, respectivamente, de
  1. José de Alencar e Joaquim Manuel Antônio de Almeida;
  2. Joaquim Manuel de Macedo e Manuel Antônio de Almeida;
  3. Manuel Antônio de Almeida e Bernardo Guimarães;
  4. Bernardo Guimarães e Visconde de Taunay;
  5. Visconde de Taunay e José de Alencar.
36. (FUVEST) "O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí uma predestinação de uma raça?"
Eis aí uma reflexão sob a forma de pergunta que o autor, ......, faz a si mesmo com toda propriedade, e por motivos que podemos interpretar como pessoais, ao finalizar o romance ........ .
Assinale a alternativa que completa os espaços.
  1. José Lins do Rego - Menino do Engenho;
  2. José de Alencar - Iracema;
  3. Graciliano Ramos - São Bernardo;
  4. Aluísio Azevedo - O Mulato;
  5. Graciliano Ramos - Vidas Secas.
(FUVEST) Texto para as questões 37 e 38:
"Sua ambição literária era, contudo, imensa e pode ser aferida, não só por sua produção romanesca, como pelo projeto gigantesco que delineara de maneira bem significativa, na sua indiscutidíssima introdução ao romance Sonhos d'Ouro. Está fora de dúvida que (o romancista) considerava sua obra como fator primacial da criação realmente orgânica de nossa literatura". (Eugênio Gomes).
37. (FUVEST) O romancista a que se refere o crítico é:
  1. João Guimarães Rosa;
  2. Joaquim M. de Macedo;
  3. Bernardo Guimarães;
  4. José de Alencar;
  5. Manuel Antônio de Almeida.
38. (FUVEST) Assinale a opção em que vêm citadas obras do romancista, objeto da questão antecedente.
  1. Cortiço e Casa de Pensão;
  2. Fogo Morto e Banguê;
  3. A Moreninha e O Moço Louro;
  4. Grande Sertão: Veredas e Saragana;
  5. Senhora e O Guarani
39. (FUVEST) Lucíola e SenhoraO Gaúcho, Sertanejo; e o Guarani e As Minas de Prata representam na obra de Alencar, de acordo com os seus conteúdos e seus cenários, romances de tipos, respectivamente:
  1. urbanos, regionalistas e pré-históricos;
  2. documentais, sociais e histórico-indianistas;
  3. europeus, nacionais e indianistas;
  4. psicológicos, documentais e folclóricos;
  5. realistas, impressionistas e românticos.
40. (PUC) Nos romances Senhora e Lucíola, José de Alencar dá um passo em relação à crítica dos valores da sociedade burguesa, na medida em que coloca como protagonistas personagens que se deixam corromper por dinheiro. Entretanto, essa crítica se dilui e ele se reafirma como escritor romântico, nessas obras, porque
  1. pune os protagonistas no final, levando-os a um casamento infeliz;
  2. justifica o conflito dos protagonistas com a sociedade pela diferença de raça: uns, índios idealizados; outros, brasileiros com maneiras européias;
  3. confirma os valores burgueses, condenando os protagonistas à morte;
  4. resolve a contradição entre o dinheiro e valores morais tornando os protagonistas ricos e poderosos;
  5. permite aos protagonistas recuperarem sua dignidade pela força do amor.

Gabarito:
  1. b
  2. c
  3. e
  4. c
  5. e
  6. a
  7. a
  8. b
  9. b
  10. a
  11. a
  12. d
  13. e
  14. c
  15. a
  16. e
  17. d
  18. a
  19. a
  20. d
  21. c
  22. b
  23. b
  24. d
  25. a
  26. b
  27. d
  28. b
  29. d
  30. e
  31. d
  32. b
  33. a
  34. e
  35. a
  36. b
  37. d
  38. e
  39. a
  40. e

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